O projeto
A liberdade conquistada com a revolução de 25 de abril de 1974 alterou profundamente a organização do país, rompendo a opressão ditatorial e a censura da expressão do pensamento livre. A luta pela democracia constitui um marco na história da consciência coletiva portuguesa, bem como todos os direitos que a liberdade de expressão permitiu construir e alcançar.
Como a luta por valores democráticos não se restringe a uma data ou acontecimento, este projeto visa proporcionar uma reflexão sobre “as liberdades e direitos” que Abril deixou por conquistar, direcionando a nossa atenção para os aspetos da sociedade afetados pelas circunstâncias económico-políticas contemporâneas.
Em um tom inquietante, abordamos áreas que permanecem problemáticas desde o PREC ou mesmo pré-revolução, como a habitação, a saúde, os direitos das mulheres e a discriminação étnica e de minorias.
A liberdade conquistada é
liberdade que se (des)constrói
quando o cravo sangra na
contemporaneidade dos
pensamentos.
A liberdade conquistada é liberdade que se (des)constrói quando o cravo sangra na contemporaneidade dos pensamentos.
Autoria
Henrique, Pâmella e Mariana, estudantes do curso de Audiovisual e Multimédia na Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa, enfrentaram o desafio de criar um livro de fotografias como parte da avaliação da Unidade Curricular de Fotografia Aplicada e Pós-produção, sob a orientação da professora Ana Janeiro e do professor Cláudio Melo, já no último ano da sua licenciatura, em 2024.
Sem titubear, escolheram como tema a “Revolução”. O espírito revolucionário que os impelia clamava por justiça, por inclusão, por mudança. Queriam despertar no povo a consciência do seu poder para exigir uma sociedade mais justa e inclusiva. Os seus registos fotográficos buscam não apenas denunciar as questões não resolvidas após a revolução de 74, mas também afirmar que, sim, o Povo Ainda Ordena.